A vinda de Rafael Nacif para Cascais, nada teve a ver com os negócios. Veio de férias e sentiu-se em casa.

Empresário brasileiro de Belo Horizonte, Rafael Nacif tem 35 anos e já viveu mais tempo no estrangeiro do que no seu país. Há cerca de dois anos adotou Cascais como local privilegiado para viver, educar as filhas e investir na recuperação de casas antigas em centros históricos como Cascais e Lisboa.

A Patagora, empresa que fundou, abrange outras áreas de negócio, mas distingue-se, sobretudo, pelas preocupações sociais que pautam toda a sua atividade. Nos países onde viveu, Rafael esteve sempre ligado a grupos de Business Angels, entidades que apoiam o empreendedorismo através do micro crédito: “o que melhor define a minha forma de estar não é o negócio, mas uma missão de vida que me tem levando a colaborar em imensos projetos humanitários pelo mundo fora. É este o legado que pretendo deixar às minhas filhas”.

Também por isso, criou a Associação Anna e Sophia, organização ligada ao seu grupo empresarial que procura quebrar a indiferença perante o sofrimento dos mais desfavorecidos.

“O que melhor define a minha forma de estar não é o negócio, mas uma missão de vida”.

Amante do desporto é atleta Ironman, transformando a participação nos eventos desportivos numa forma de angariar fundos para ajudar quem mais necessita. Hoje luta pela causa dos meninos-escravos do Gana, mas ainda recorda quando aos 19 anos participou numa missão humanitária no Burkina Faso. “A toda a hora via passar carrinhas com voluntários internacionais, mas o país continuava na mesma, recorda. Se pudesse fazer alguma coisa por este povo construiria uma grande empresa, e pagava um salário digno. Do que precisam é de uma oportunidade para crescerem”.

Do pai herdou os princípios pelos quais rege toda a sua vida empresarial e dos quais não abdica: honestidade, transparência e espírito de entreajuda. “Não consigo mudar o mundo, mas posso ajudar a mudar as condições em que muitas pessoas vivem. E a minha parte nessa mudança, é criar empresas que sejam socialmente responsáveis e justas”, afirma
Rafael Nacif.

Boletim C nº58 | 23 de julho de 2015

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