Durante uma viagem à Ásia deparei-me com os horrores da guerra. Uma guerra que matou 40% da população do Cambodja. Ou seja, um milhão e seiscentas mil pessoas mortas e, a essas pessoas, há que juntar os três milhões de que morreram de fome.
Através de um museu vi morte, tortura e assassinatos que afetaram e continuam a afetar praticamente todas as famílias do Cambodja. Convivi com pessoas que perderam muitos familiares nessa guerra.
Porque falo deste tema? Porque falo de histórias de vidas que sofreram o terror absoluto? Porque aprendi várias lições nesta minha visita ao museu. A primeira lição é a gratidão pelo país onde vivemos, pela paz que assumimos quase como garantida mas que, na verdade, em muitos locais do mundo não é.
A segunda lição está relacionada com as pessoas que nos são próximas. Devemos aproveitar ao máximo a relação que temos com as pessoas que amamos, a nossa família, os nossos amigos. A realidade é que nunca saberemos quando é que uma guerra pode bater à nossa porta.
Temos que estar conscientes que o tempo com os que nos são queridos pode ser limitado. Muitas vezes vivemos a vida sem dedicar tempo às pessoas que dizemos que amamos, que consideramos importantes na nossa vida.
Dedicamos tempo ao trabalho, a ganhar dinheiro, a comprar coisas e esquecemo-nos de dicar tempo à nossa relação com as pessoas.
Da maneira como anda o nosso mundo tudo pode acontecer. Estas realidades que nos parecem distantes pode surgir a qualquer momento.
Reflita um pouco sobre este tema.
Na condição de pessoa, o que quer para o mundo? Nós podemos criar paz ou podemos criar guerra.
Que criemos paz, harmonia e amor no local onde vivemos.